O Primeiro Gole

- Você é minha cabritinha de capa vermelha então?

- Vai se foder Drake, vamos eu estou com fome.

- Vou me foder com você? Que delicia... Também estou com fome.

- Saia então e vá comer...

- Eu como coisas normais também.

- Tipo, bolacha? Comida? Frutas? Como? Você não está morto?. – Ela disse abrindo a porta do quarto para descerem e ir para a tão sonhada cozinha.

- Sim, mas eu não estou morto. Até parece que não sabe... Eu sou normal igual os outros, eu posso comer, essa história de vampiros mortos é mentira. Nós somos nascemos normais, alguns são meio humanos e alguns assim como eu e você somos vampiros por completo, nosso “sangue” é puro e mais poderoso.

- Claro que não. Eu não sou uma vampira, eu não me alimento de sangue. – Ela disse servindo um pouco de serial para ele e para si mesma.

- Vai dizer que nunca viu ninguém sangrando e não sentiu uma grande sede? Ou corto o dedo e o colocou na boca, e aquele era o melhor gosto que havia sentido em toda a sua vida?

- Acontece que eu já estava com sede, só que ela não passava... E obvio que era gostoso, é meu sangue. – Ela fez careta colocando uma colher se serial em sua boca.

- Bom, eu tenho uma maneira de provar se você é ou não uma legítima vampira... – Ele disse colocando uma colher na boca e depois colocando mais, era incrível a maneira que ele engolia aquilo tudo, parecia não precisar mastigar.

- É e como sabichão? – Ela debruçou na mesa encarando-o com uma certa cara de deboche.

- Se eu cortar minha boca, você promete que vai tomar cada gota do meu sangue sem deixar derramar e desperdiçar? – Ele disse olhando para o decote dela e depois para os olhos verdes da garota.

- É claro Drake, tudo que eu quero provar é o sangue da sua boca. – Ela disse uma voz rouca e baixa.

- Serio?

- Não, desiste idiota.

- Ah! Que bosta Milena... Então prove isso. – Ele cortou a palma da mão com uma faca que tinha em cima da mesa. – Tome logo antes que esfrie.

- Eu não vou tomar seu sangue. – Ela disse emburrada.

- Vai logo Milena. – Ele disse levantando e indo até ela. – Não vai me machucar. – Ele disse colocando a palma da mão perto da boca dela. Ela segurou com as duas mãos o pulso dele, e provou.  Era uma das melhores sensações que havia sentido, o prazer era tanto que ela chegava a tremes, sua pele ficou mais corada e seus olhos mais vivos. – Sim eu sei Milena... É a melhor coisa do mundo. – Ela soltou o punho dele, sua boca suja de sangue.

- Eu não acredito nisso... Não pode ser, eu me sinto mais po... – Ela cortou a frase.

- Poderosa? Claro, e se sentirá mais depois que você fizer o ritual...

- Ritual como assim ritual?

- Sua iniciação, quando você se entregará por completa ao seu poder. E eu serei quem vai conduzi-lo, só pode haver duas pessoas no local, a pessoa que vai realizar e a pessoa que vai estar sendo submetida ao ritual.

- E por que disso?

- Porque a melhor parte é que você estará sem roupa. E eu não sei exatamente, eu fui escolhido para fazer sua inicialização, não faço idéia o porque. [...]